Sou consultora e mãe — e nem isso me poupou dos desafios na amamentação

Sim, eu sou consultora de amamentação.

Sim, eu estudei, me preparei, sei todas as técnicas.

Mas nem isso me blindou dos desafios reais de amamentar.

A gente escuta muito que é importante prestar atenção na posição do bebê, se está numa postura legal pra uma sucção efetiva… e que a mãe também deve buscar uma posição confortável.

Mas sabe o que ninguém te conta?

Nos primeiros dias do pós-parto, conforto da mãe e boa pega do bebê nem sempre andam de mãos dadas.

Isso mesmo. Infelizmente.

O cenário ideal existe — mas não nos primeiros dias

A imagem perfeita é aquela: Você, sentada lindamente numa poltrona macia, costas bem apoiadas, pernas levantadas, seu bebê mamando tranquilo no colo.

A realidade?

Você tentando acertar a pega, prestar atenção no encaixe da boquinha, no barulhinho da sucção, fazendo ajustes… isso se o bebê estiver calmo, porque se ele estiver chorando, você entra em modo: “preciso resolver logo!”

Nessa tensão, seu corpo se curva todo, seus ombros sobem, suas costas doem… e você se vê presa numa posição “troncha”, mais pela tensão do momento do que pela postura em si.

E quando finalmente a pega encaixa, a mamada flui, o bebê tá ali lindo mamando…Você pensa: “E quem é doida de se mexer agora? "

Então você fica como dá.

Apoio? Conforto? Só depois. Porque naquele momento, o seu pinguinho de gente é a prioridade.

Amamentar era um sonho — que veio com desafios, sensibilidade e entrega. Mas deu certo, do nosso jeitinho.

🧡 Mas calma… dias melhores virão!

Vai chegar o dia (e não demora tanto assim) que você vai conseguir se apoiar direitinho, colocar seu bebê no peito com mais leveza e ver tudo fluindo de forma mais natural.

Vai chegar o momento em que você vai estar dando de mamar até com ele de cabeça pra baixo (risos), e tudo bem!

Mas isso… é papo pros próximos posts.

✨ O mais importante: você não está sozinha.

Amamentar é um aprendizado conjunto. É você e o bebê descobrindo juntos o que funciona.

E o conforto, a leveza, chegam de mansinho — com apoio, com acolhimento, com suporte.

Então, se você chegou até aqui, me conta: Com você também foi assim?

Ah! E já fica o aviso: Não espere que na minha consultoria eu diga “coloque o bebê assim e você sente confortavelmente”. (risos) Porque a gente sabe que o conforto real vem com o tempo — e com muito apoio.

Sinairana Santana COREN/PE 218021